Hoje acordei às 5h e me permiti
levantar às 6h. O pão com doce estava bom como sempre e como sempre, haha. Não lembro
o caminho até o trabalho porque estava em outra dimensão.
É tudo muito rotineiro.
As mesmas tarefas, nos mesmos
horários e... As mesmas ofensas por desconhecidos. Hoje me disseram “Precisa
demorar tudo isso para dar uma informação? Incompetente!”. Fiquei muda, não por que não podia responder e correr o risco de
perder o emprego, mas porque parei para pensar nas cores do Parque Barigui ou do
Jardim Botânico àquela hora da manhã. Eu realmente não acreditei que alguém
teria a capacidade de perder o sorriso de um filho ou a cor de uma flor naquele
exato momento, para pegar o telefone e compartilhar infelicidade. Não fiquei
com raiva, fiquei com medo. Achei que poderia ter sido eu do outro lado da
linha, perdendo a vida. Literalmente. Pessoas doentes e desesperadas. Estariam
assim se não fossem tão arrogantes com a vida?
Mais do que tudo desejei voltar
pra casa, comer outro pão com doce. Pegar minha câmera e reparar em alguma coisa colorida. Continuar lendo “O
Nome do Vento”. Fazer tapioca porque agora aprendi. Essas coisas de gente que
tenta desesperadamente viver.
Um dia tive medo de levar minhas crenças a sério
demais, aí parei de acreditar em tudo. Agora tenho medo de levar isso a sério
demais também. Eu gosto de magia. Eu gosto das luzes e da fantasia. Não quero
perder nada disso. Não quero pegar o telefone num sábado de manhã pra pedir
socorro por minha vida miserável.
AAAH TAPIOCA! Vou fazer um encontro aqui em casa qnd tiver a goma lá do acre e aí a gente se enche de tapioca boa huaehae
ResponderExcluirEspero que vc continue escrevendo e compartilhando os pensamentos, enfim..
Saudadesss o/ hahah
Gabriel Lucena