sábado, 5 de janeiro de 2013

Dia 5

Hoje acordei às 5h e me permiti levantar às 6h. O pão com doce estava bom como sempre e como sempre, haha. Não lembro o caminho até o trabalho porque estava em outra dimensão.
É tudo muito rotineiro.
As mesmas tarefas, nos mesmos horários e... As mesmas ofensas por desconhecidos. Hoje me disseram “Precisa demorar tudo isso para dar uma informação? Incompetente!”. Fiquei muda, não por     que não podia responder e correr o risco de perder o emprego, mas porque parei para pensar nas cores do Parque Barigui ou do Jardim Botânico àquela hora da manhã. Eu realmente não acreditei que alguém teria a capacidade de perder o sorriso de um filho ou a cor de uma flor naquele exato momento, para pegar o telefone e compartilhar infelicidade. Não fiquei com raiva, fiquei com medo. Achei que poderia ter sido eu do outro lado da linha, perdendo a vida. Literalmente. Pessoas doentes e desesperadas. Estariam assim se não fossem tão arrogantes com a vida?
Mais do que tudo desejei voltar pra casa, comer outro pão com doce. Pegar minha câmera e reparar em  alguma coisa colorida. Continuar lendo “O Nome do Vento”. Fazer tapioca porque agora aprendi. Essas coisas de gente que tenta desesperadamente viver.
Um dia tive medo de levar minhas crenças a sério demais, aí parei de acreditar em tudo. Agora tenho medo de levar isso a sério demais também. Eu gosto de magia. Eu gosto das luzes e da fantasia. Não quero perder nada disso. Não quero pegar o telefone num sábado de manhã pra pedir socorro por minha vida miserável.


Um comentário:

  1. AAAH TAPIOCA! Vou fazer um encontro aqui em casa qnd tiver a goma lá do acre e aí a gente se enche de tapioca boa huaehae
    Espero que vc continue escrevendo e compartilhando os pensamentos, enfim..
    Saudadesss o/ hahah
    Gabriel Lucena

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